1201 – Israel Pinheiro cientista político?

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ISRAEL-BUDA-2014.

Menandro Ramos
Prof. da FACED/UFBA

N.

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uma roda de conversa de professores da UFBA, em que eu participava, alguém falava das contradições de certos docentes que faziam belos discursos sobre Marx para alunos e bolsistas, mas que na prática acolhiam entidades pelegas de forma subserviente e acrítica. O nome de velhos gurus do movimento docente foram lembrados. Uns como verdadeiras legendas gloriosas e outros como traíras contumazes. Economistas, filósofos, sociólogos, educadores e todo um elenco de profissionais antenados com a militância sindical também não foram esquecidos. Lá pras tantas, “sem ter nem pra que”, alguém falou no hermetismo dos últimos textos publicados na “debates-l” pelo colendo cientista político, o Prof. Israel Pinheiro, que ninguém conseguia entender patavina. Mencionou que tentou traduzi-lo no Google ou no Babylon, mas sem êxito. Um gaiato até aventou a possibilidade de o autor ter fumado algum cigarro misturado com cogumelo venenoso, ou de ter ingerido algumas doses de ayahuasca antes de escrever as mencionadas postagens.

De um local escondido, meu amigo de gorro e pito ouvia tudo. Assim que a roda se desfez, ele deu as caras meio amuado. Foi logo me censurando:

– Cê ainda dá trela a esses caras, chefia! São uns ogros. Não parecem professores universitários. Falar que os textos do Prof. Isolpi são herméticos, é não ter a mínima capacidade de decodificar uma produção científica. Aliás, mencionar o ínclito professor como “cientista político”,  creio que é muito pouco, uma vez que, se o termo “político” vem dos assuntos da pólis e do poder a ela amalgamado, o eminente intelectual certamente transcende a materialidade cotidiana. Diria eu que melhor e mais justo seria denominá-lo de “cientista celestial”, dado o nível de evolução que o ex-presidente da APUB chegou.

Não me surpreendi com a defesa que o Saci fez do Prof. Israel Pinheiro. Afinal, de uma forma ou de outra, o ínclito cientista político fora o responsável pela criação deste blog, ao censurar a participação dos professores associados da APUB na lista de discussão “apub-l”, aqueles que faziam algum tipo de crítica à sua complicada gestão. No fundo, a impressão que tenho é que o Saci nutre uma dívida de gratidão para com o ilustre docente…

Perguntei-lhe se já havia esquecido da tesoura vil esgrimida enfurecidamente pelo ex-presidente da APUB. Foi aí que ele pulou da cadeira onde se encontrava, e quase me espremeu contra a mesa:

– É exatamente isso que quero abordar, chefia! O Prof. Isolpi dá sobejamente provas do seu crescimento espiritual, do seu amadurecimento enquanto ser humano. Nada mais restou daquele censor duro, truculento, implacável. De fato, ele transcendeu a matéria e penetrou praticamente nos umbrais do Nirvana. Hoje ele é um homem zen, flexível, de fala mansa e modos ponderados. É, praticamente, um Buda, um Iluminado. Compare o Ato Proibitorium que ele decretou quando era presidente da APUB, e no que se transformou hoje, num homem piedoso, polido, flexível, respeitoso, conciliador. Sem nenhum favor, sua evolução lembra a conversão a de São Paulo (Saulo) ou a do imperador Constantino ou a de Santo Agostinho. Creio que não é exagero compará-lo com Santo Inácio de Loiola que, de general mundano, tornou-se Geral de um Ordem sagrada: a Santa Inquisição!

Tentei fazer algumas ponderações sobre possíveis exageros da sua fala, mas ele foi bem mais rápido do que eu.

– Confronte, compare, coteje o que este blog documentou, e diga se o novo Prof. Isolpi não alcançou o nível mais alto que a evolução humana pode desejar.

Não havia dúvida, quem sopesasse o ato imperial da época em que o Prof. Israel Pinheiro fora presidente da APUB, chegando ao cúmulo de limitar a sete o número de mensagens semanais, daria razão ao Saci. Nunca entendi o porquê desse número mágico cabalístico: se equivalia, verdadeiramente, a uma mensagem diária, ou se pretendia estabelecer uma analogia esotérica com os dias da semana, as notas musicais ou os sete pecados capitais…

Conferindo o pergaminho na época  produzido artisticamente pelo Saci (Veja AQUI) – que o pestinha prontamente resgatou do seu blog -, só me restou concordar com ele, sem ter muito o que dizer. Tinha que dar a mão à palmatória. O ex-presidente da APUB mudara muito.

De fato, quem foi Naninha!

Examinando as proibições pretéritas impostas pelo Prof. Israel Pinheiro à finada lista de “apub-l”, e vendo-o agora tão zen, não me restou senão exclamar: Quem foi Naninha!…

3 Respostas to “1201 – Israel Pinheiro cientista político?”

  1. osaciperere Says:

    PÉROLAS ISOLPIENSES
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    Um apoio muito estranho,

    O intelectual quando chega a um certo nivel de produção cientifica, literaria, artística ou lá o que seja, muitos ajudados também pela idade, passam a ter uma visão universal do mundo, das coisas, do que fazem as pessoas. Esse pequeno mundo sectario das confrarias, das igrejas de suburbio, das verdades prontas e da salvação de todos, nunca é o seu habitat natural, quer dizer intelectual. São coisas que não combinam. Não conheço estes intelectuais. Conheço a obra de alguns e sei que não combina uma coisa com a outra. São pessoas que têm uma disposição muito grande para apoiar as boas causas, as lutas sociais. Foram enganados? acreditaram na boa conversa do emissario ou de seus mandantes, que eles conheceram em outros carnavais? Isto nunca se sabe. Só os proprios poderiam dizer…..

    Agora o Carlos Nelson Coutinho, se vivo ainda fosse, a este eu perguntaria. Somos da mesma área, conheço seus trabalhos e tive com ele uma convivencia muito grande. Varias vezes o trouxemos para eventos aqui na Bahia, o que ele agradecia muito porque aproveitava para ver sua mãe. Com o salario de professor, ele não podia andar muito por aqui.

    Diante do que está posto só nos resta dizer que Allah é grande, viva Allah!

    Israel de Oliveira,
    prof. aposentado

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    Os bons “laranjas”

    As pessoas têm o direito de pensar, refletir, descobrir, redescobrir, mudar de opinião ou de atitude sem ser um enérgumeno por causa disto. Claro, estou falando de um mundo moderno, democratico, já no século XXI, onde supostamente estamos vivendo. Um mundo em que as pessoas já não têm mais donos. Se é assim, não precisam pedir permissão a ninguem para fazer o que acham certo. Ninguém deve ser execrado por causa disto. E se isto acontecer, três coisas vêm à tona: A primeira é que, eu mesmo não sabia, mas este mundo tem o dono da moral e dos bons costumes.

    A segunda é que só o dono da moral sabe o que é certo e o que é errado neste mundo e não seus reles semelhantes.

    A terceira é que enquanto este mundo existir e nele houver pessoas dotadas de inteligencia e sensibilidade, repudiarão do fundo da alma ao energumeno que se acha dono das pessoas e de sua moral. E vão mandá-lo para o ultimo degrau da escada humana. No primeiro estarão aqueles que são capazes de afirmar o que pensam e querem num ambiente opressor, controlado pela mistificação da política.

    Israel de Oliveira / prof. aposentado

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    O contra-cheque de abril//A eleição da APUB

    Israel Pinheiro, prof.
    Aposentado / Ufba.

    No contra-cheque de abril deste ano tivemos o segundo aumento do acordo 2013-2015 assinado pelo PROIFES E SINASEFE em 2012. Um aumento substancial se levamos em conta o que receberam outras categorias do Serviço Publico, as que receberam alguma coisa. O acordo anterior 2010-2012 foi assinado também por governos do PT, como parte da política destes governos com o serviço publico e as universidades em
    particular.

    A política é um ente material ente O trabalho do professor universitário é essencialmente intelectual no sentido de dar passos até chegar à produção científica. O mundo das idéias, seu ordenamento e significação é uma espécie de ordem natural das coisas entre nós. Quando chegamos ao sindicato ele eleva o patamar deste debate para o campo da política. Aqui as idéias se transformam em teses dentro da variação dos interesses políticos da sociedade. As teses identificadas com a universidade publica se filiam ao projeto de uma sociedade inclusiva e democrática. Mas esta sociedade precisa ser construída e aqui a universidade publica é muito importante. Esta construção é essencialmente política e o sindicato é o seu lócus operandi privilegiado. O confronto aqui é entre o passado e o futuro, o progresso e o atraso, a democracia e o autoritarismo. Fala-se muito em direitos, espaços sociais, mas o amesquinhamento da atitude pode
    inviabilizar tudo. Fala-se muito em democracia, transformação social, modernização, mas o discurso vem pronto lá de cima, da confraria dos iluminados. O que as pessoas pensam, sentem, entendem e querem não tem a menor importância, não entra na discussão. E com este modo de fazer as coisas não se muda nada neste mundo. Discurso bonito só serve para quem faz pelo simples fato de que o mundo da política é material. O que conta são os interesses das pessoas numa sociedade de privilégios e não as boas idéias.

    Não há futuro sem rompimento com o passado

    Todo o nosso discurso não estabeleceu nenhum compromisso com o mundo real onde vivemos e temos que fazer as coisas. Falta-nos a articulação entre a base e a direção do movimento. Existindo esta articulação, os professores, a partir de suas varias unidades de ensino, vão efetivamente contribuir com o nascimento e consolidação de um novo movimento docente. Para que isto ocorra é preciso, no entanto, que repercuta na direção do movimento, as idéias que vêm de baixo pois a
    direção é parte necessária deste processo. Esta articulação entre direção e base do movimento social é uma espécie de caminho único para se chegar a uma nova realidade. O oposto também é verdadeiro, sem esta articulação não há possibilidade de construção de nada novo. E neste caso o futuro, então, não se estabelece porque o presente ainda é o passado.

    Para modificar esta situação é preciso entender que no mundo social, nada se faz por passe de mágica ou pelo voluntarismo de ninguém. O reino da política é o da complexidade. Qualquer reducionismo aqui anula as suas possibilidades. As classes dominantes têm uma força imensa para a produção e reprodução do poder a partir de
    seus valores, sua cultura e suas perspectivas de vida que exercem um grande poder de atração sobre as pessoas. Eles são a referencia, fundamentam a experiência e materializam a vida, mesmo num contexto de restrição e excludência sociais. Nada e ninguém poderá modificar esta realidade a partir de seu próprio voluntarismo e da obsessão moral. Este é o mundo real e inexcedível da política. Em sendo assim, uma
    nova realidade social só surgirá quando um movimento social profundo e abrangente envolver o conjunto das pessoas interessadas nesta nova ordem. Fora daqui é chafurdar no passado com novas palavras e novos donos da velha ordem. É dar ao passado prioridade sobre um futuro que simplesmente não se apresenta.

    Um movimento circular

    Os intelectuais de classe media, que em outros tempos se chamava de pequena burguesia e que o Fernando Henrique quando ainda era sociólogo chamava de burguesia pequena, tem a ideologia do sistema e se comportam como tal. Por isto, a unhas e dentes, eles vão se agarrar aos cargos para terem algum arremedo de poder. “Por isto a pequena burguesia tende a se incorporar ao movimento, sempre com o papel de
    “dirigentes”. Quando estes movimentos estão em ascensão com uma forte participação popular e hegemonia dos trabalhadores há um exercício de democracia. Quando, no entanto, ele está em descenso, minguante, é nefando o papel destes “dirigentes” ai dentro porque eles vão controlá-lo na perspectiva do poder individual, um poder burguês, conservador, elitista, desvinculado completamente dos interesses maiores da sociedade. Ele ocupa exatamente a vaga deixada pelo movimento. Para que isto seja possível acontece um casamento muito estranho dentro do movimento social. Os trabalhadores por aguentarem diariamente a exploração patronal, os efeitos nefastos das contradições sociais, no geral sem alternativas à vista, têm uma tendência natural, e é natural que a tenham, quase inconsciente de se identificar, de apoiar todo discurso revolucionário, qualquer ideia que aponte para a contestação da ordem vigente. Num contexto de desmobilização, este justo espírito de rebelião das massas só contribui para uma sua maior desmobilização na medida em que fortalece uma categoria de “dirigentes” que se estabelecem exatamente por conta desta desmobilização. E aqui o círculo se fecha sem alternativa à vista. Um apoio que não lhe serve para nada porque eles vão bloquear a ferro e fogo qualquer proposta que venha de fora do seu círculo de poder, Aqui é o cachorro correndo atrás do próprio rabo. O movimento está em descenso e não pode avançar porque os seus “dirigentes” não permitem alternativas que lhes tirem o poder dentro da organização. O poder é uma espécie de maldição da classe. Ele é necessariamente discriminatório, excludente, conservador, porque a sociedade em que vivemos é tudo isto. O discurso revolucionário, então, fica solto no ar. Não tem um lugar para onde descer. A tese válida aqui é uma ainda do século XIX: “ a emancipação dos trabalhadores é uma obra dos próprios trabalhadores”. Não vem de cima, nem de fora. O sentimento de poder não é próprio do ser humano, mas da nossa cultura burguesa. É com ela que temos de trabalhar, sobretudo aqui na periferia, onde estão todas as desgraças do capitalismo central, sem nenhum dos seus benefícios.

    O declínio político da Andes

    A Andes que aqui nos traz é elitista e conservadora. Vem dos anos 90, quando a tese dos sindicatos era a defesa do emprego e não dos salários. Uma boa tese pra época, realista pelo menos. Mas este contesto de desmobilização levou à burocratização do nosso antigo sindicato nacional. Os dirigentes da combativa Andes dos anos 80 são
    agora os filhos diletos da burocracia sindical. O sindicato agora é o casulo do seu poder pessoal, do pequeno grupo que o controla. Para isto fazem o discurso revolucionário de sempre que não diz respeito a ninguém, nem a eles próprios. A base do sindicato não vai às assembléias apoiá-los, nem votar contra eles. Então se estabelece a lei da inércia entre estes dois pólos distantes dentro do sindicato.
    Este pequeno grupo decide tudo dentro do sindicato. Decidem greves nacionais, empurram pelo período que querem e depois eles mesmos cantam a sua vitoria, independente de seus resultados. As assembléias são convocadas para legitimar este longo expediente. A assembléia aqui é o fetiche da burocracia sindical, resolve tudo. Os professores, que aceitam esta situação, são os heróis do dia. Os que não aceitam e seguem com suas atividades são os “traidores”. Assim o maniqueismo aqui vai dando uma mão para “resolver” coisa. Aqui a máxima é a das oligarquias conservadoras: “Quem está dentro não sai, quem está fora não entra”. Os atuais dirigentes da Andes são dos anos 80. Os que tentaram entrar com idéias novas, tiveram que ir embora. Retrato fiel da sociedade que dizem querer transformar e que jamais conseguirão com semelhantes métodos de fazer as coisas.. Por isto os que discordam do stablishment, em vez de benvindos pela contribuição que trazem, são
    escorraçados pelos donos do sindicato. O sistema se fecha e a Andes chega ao fundo do poço. Ai ocupa um espaço vazio deixado pela política. Mas como na política não existe espaço vazio por tempo indefinido, logo um nova realidade política estará posta para os professores. Esta realidade é o Proifes.

    O Proifes, a promessa que surge

    Nada de novo acontece na boa quantidade de Congressos, Encontros, Seminários da Andes realizados por este país a fora. Todos, sem nenhuma exceção, confirmam as teses trazidas ou apoiadas pela direção do sindicato ou sua entourrage espalhada pelas suas varias secções. Nos congressos onde este controle, às vezes é mais difícil, medidas rigorosas são adotadas para que nada contra o “moviento docente” se apresente e tenha algum êxito. A política é algo realmente muito complexo. Vai dar com os burros n’água quem tratá-la na forma reduzida. Uma destas dificuldades é a sua semelhança com a religião.

    Todos na política têm um discurso salvacionista. Estaremos todos são e salvos , se seguirem o “meu” partido. O único antídoto para fugirmos desta maldição da política é a democracia. É a possibilidade de as pessoas poderem pensar, se expressar, aprender com os seus próprios enganos, crescer e por fim decidir. Neste somatório de votos, a mistificação da política fica mediatizada pelo mundo real, por diferentes experiências e percepções.

    O Proifes veio nesta perspectiva, afinal o espaço vazio na política nunca é permanente. Nestes já dez anos de vida o Proifes esteve acima das próprias expectativas. Cumpriu todas as suas tarefas importantes, próprias de um sindicato, trazidas pela categoria neste período de sua atuação, inclusive muitas que já
    se arrastavam por longo tempo sem nenhum encaminhamento. Acordos salariais, modificações na carreira, canais abertos de negociações com os governos do PT, que justiça seja feita, sempre tiveram muita abertura para a universidade publica e seus professores. Ficarem nos chamando à exaustão de “pelegos”, “chapa branca”. “governistas” etc, etc. não resolve o problemas deles porque a política não passa pela maldição moral, mas pela vida coditiana das pessoas. Os professores,
    independente da atitude que tomem, sabem quem tem compromissos e responsabilidades com a categoria. Quem está aí para fazer sindicato e quem está para fazer outra coisa ou não fazer nada.

    A peroração do atraso

    Pelo visto, então, o Proifes está dentro da ordem natural das coisas entre nós. Estamos no mundo da inteligência, das idéias, das opções também políticas. Não queremos um sindicato que não resolve mais nossas questões fundamentais. Que não pode resolver, entendemos nós.

    Querem o confronto permanente com o governo, o que não é próprio de um sindicato normal nos tempos que estamos vivendo. Não sei como eles vão resolver o grave problema da assimetria com os movimentos sociais.Eles acreditam piamente na sua obra redentora. Nada e ninguém vai ser obstáculo no seu caminho. A sua missão é sagrada, inquestionável. Há entre eles muita gente bem intencionada, com uma dose muito grande de generosidade e inocência. Todos, porem, incorrem na excludência e na
    discriminação dos que pensam ou são diferentes. Há aqui um imperativo moral que tem tanta força para dominar as pessoas quanto o poder material das elites dominantes. Por isto repetem o tempo todo: “pelego”, “pelego”, “pelego”.

    A partir daqui a identidade desses grupos radicais com a direitona que tem poder sobre as pessoas e a verdade absoluta é muito forte. É uma identidade ideológica, uma forma de ver o mundo de cima pra baixo, os iluminados e a massa ignara. É assim também na relação entre elites e povo nos partidos conservadores, obrigatoriamente autoritários da velha direita , os valores consagrados, a tradição moral. Não é a toa que direita e extrema esquerda sempre estão juntas nas eleições para derrotar os candidato de extração popular, comprometidos com mudanças sociais. Foi assim nas nossas ultimas eleições majoritárias. Por isto estão sempre radicalizando o discurso classista exatamente porque não podem radicalizar a luta de classes. É impossível fazê-lo no mundo em que se movem.
    Votar, portanto, na chapa 01, é votar pela continuidade de um trabalho que está sendo feito, é fortalecer o espírito sindical da APUB, trilhado nas ultimas gestões, é impedir que a APUB tome rumos muito estranhos para um sindicato realmente comprometido com seus filiados. Principalmente porque não podemos esperdiçar um momento tão importante da vida nacional, quando as IFES se ampliaram muito, os estudantes pobres nunca tiveram tanta chance de entrar em uma universidade. O salário e as condições de trabalho dos seus professores e funcionários nunca tinham chegado ao patamar de hoje. A Andes e seus corifeus pelo
    Brasil a fora vêm tudo isto como uma coisa negativa, ruim, que não devia ter acontecido. É, portanto muito importante o que vamos decidir na eleição da APUB nos próximos dias 26/27. A APUB é um dos sindicatos mais importantes do PROIFES que está à frente de todo este processo na nossa relação com o governo federal.

    • osaciperere Says:

      Prof. Francisco Santana responde ao Pro. Israel Pinheiro
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      Essa minha mensagem abaixo é evidentemente uma tentativa de tradução do discurso do Prof. Israel.

      O que o PROIFES propõe e está expresso no discurso do Prof. Israel é nada mais do o discurso dos pelegos da época da Ditadura e de modo exacerbado. Mas os pelegos daquela época tinham uma justificativa pois se estava numa ditadura militar reacionária.

      Hoje estamos numa democracia, ou será que o Prof. Israel vive num sonho de uma ditadura do PT imposta por CUT – PROIFES da qual ele é um dos capos?

      O que diz o Prof. Israel é simplesmente isso:

      Fiquem quietinhos, não façam greve e ajudem o Governo a destruir o ANDES que o Proifes consegue para vocês um pró-labore junto ao governo.
      BOX fiquem quietos

      Ou seja, na fábula de Esopo abaixo, o ladrão é o PROIFES, o cão de guarda é o ANDES e a cas a ser assaltada é a ctagoria dos professores com a morte de seus direitos.

      Em 20 de novembro de 2014 22:07, Francisco José Duarte de Santana escreveu:
      Um ladrão veio à noite para assaltar uma casa. Ele trouxe consigo vários pedaços de carne, para que pudesse acalmar um feroz Cão de Guarda que vigiava o local. A carne, evidentemente, serviria para distraí-lo, de modo que não chamasse a atenção do seu dono com latidos.

      E tão logo o mal intencionado ladrão jogou os pedaços de carne aos pés do cão, disse-lhe então o animal:

      “Ora Senhor, Se você estava querendo calar minha boca, cometeu um grande erro. Tão inesperada gentileza vinda de suas mãos, apenas serviram para me deixar ainda mais atento. Sei que por trás dessa cortesia sem motivo, O Senhor deve ter algum interesse oculto, de modo a beneficiar a si mesmo e prejudicar o meu dono!”

      Moral da História:

      Em gentilezas com grandes vantagens inesperadas, má intencionalidade disfarçada sempre há.

  2. Roberto Cardoso Says:

    Realmente ser coerente com o que se diz com o que se fala é muito difícil.
    ABS

    Roberto Cardoso

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