243 – APUB sacrifica lista e democracia

Para o Saci, o gesto da atual diretoria da APUB simboliza a sua incapacidade de conviver com o diferente, com a crítica e com a livre expressão democrática (clique na tesoura para visualizá-la melhor).

 

Afinal, a diretoria da Nova APUB chega a uma solução brilhante: já que não pode tolerar as críticas feitas à seção sindical – que substituiu a luta que a entidade deveria travar em defesa dos docentes, pela flexibilização e pelo entretenimento mascarador -, então, decreta a morte da lista a tesouradas.

A solução achada pela diretoria censora, lembra aquela encontrada por uma proprietária de um pensionato das proximidades do Campo da Pólvora, nos idos de 1970,  que para preservar a reputação das suas hóspedes interioranas “namoradoiras” – muito recomendadas pelos seus sisudos genitores – num gesto radical vendeu o sofá e as poltronas da sala de visitas do estabelecimento.

Se não fosse triste a decisão autoritária pela desativação da “apubdebates-l”, certamente, seria hilária.

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Confira, Leitor,  a nota da diretoria veiculada no “Notícias APUB 446”:

Listas

Desativação da apubdebates-l

A Diretoria da APUB Sindicato informa aos seus filiados e filiadas que, a partir de reuniões, decidiu suspender a lista de discussão apubdebates-l@listas.ufba.br. Em dois anos de funcionamento, não se observou uma ampla participação da categoria nas discussões sobre questões sindicais, carreira, entre outros, que justificariam a existência deste espaço. A APUB Sindicato continuará com a lista apub-l@listas.ufba.br para envio de correspondências da entidade. Caso algum(a) professor(a), deseje divulgar informações a outros docentes, basta o envio de e-mail para apub@apub.org.br 

 

 
 


 

4 Respostas to “243 – APUB sacrifica lista e democracia”

  1. Francisco Santana Says:

    O mais grave não é ela cometer esse crime, é ficar impune graças à OMISSÃO da maioria dos professores da UFBA.

    NÃO TENHO MEDO DOS GRITOS DOS MAUS, MAS DO SILÊNCIA DOS BONS. (Martin Luther King)

  2. Francisco Santana Says:

    “Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim e não dizemos nada.
    Na segunda noite, Já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada.
    Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, Já não podemos dizer nada.”
    (Vladimir Maiakóvski)

    Com a nossa APUB/ANDES-SN está acontecendo a mesma coisa:
    Na primeira noite eles chegaram e silenciaram as ASSEMBLÉIAS, modificando viciadamente o regimento. E os professores se calaram.
    Na segunda noite, amparados pela impunidade garantida pelo silêncio dos professores, eles amputaram a APUB do ANDES – SN com um plebiscito já declarado pela justiça, em primeira instância, viciado e por isso nulo de direito.
    Na terceira noite, impunes por mercê do silêncio dos professores, partem para seu objetivo mais temerário, pulverizar o sindicato nacional ANDES-SN em minúsculos sindicatos estaduais para pulverizar também a sua força.
    Na quarta noite, desmoralizados pela sentença do juiz, mas amparados pela indiferença dos professores, cometem esse último desatino, tirar do ar o “apubdebates” (Como Mubarak fez no Egito, tirou a Internet do ar).
    Na quinta noite….: O que esperam os professores para se indignarem?

    F. Santana

  3. Francisco Santana Says:

    Corrigindo:

    NÃO TENHO MEDO DOS GRITOS DOS MAUS, MAS DO SILÊNCIO DOS BONS. (Martin Luther King)

  4. Francisco Santana Says:

    Menandro

    Eu conheço uma versão diferente da anedota do sofá:

    Um marido surpreende sua mulher aos beijos com seu melhor amigo no sofá. Depois de refletir muito à noite, no oputro dia joga fora o sofá.

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