– Israel nega solidariedade

Os muitos registros da barbárie contra os professores cearenses, disponibilizados na internet, não conseguiram sensibilizar o ex-presidente da APUB (clique na foto para visualizá-la melhor).

 

Menandro Ramos
Prof. da FACED/UFBA

Eu me recusei em acreditar, mas estava escrito com todas as letras, pontos e vírgulas. Estava escrito num taco de papel, aqui sobre este teclado que um dia se integrará à terra de onde veio:

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Chefia,

O mundo perdido. Piripicado. Na última Assembleia apubiana/proifense, o colendo cientista político e professor Dr. Israel Oliveira Pinheiro, mui ilustríssimo ex-presidente da APUB, encaminhou um pleito de forma contrária à proposta de moção da Profa. Celi Taffarel, atual diretora da FACED/UFBA. E o pior é que, “democraticamente”, levou a melhor.

A referida professora propôs, naquela oportunidade, uma moção de repúdio contra a violência ocorrida na Assembleia Legislativa do Ceará, perpetrada pela polícia militar contra os professores em greve. Ou seja, a Profa. Taffarel achou pertinente que a APUB manifestasse a sua solidariedade aos colegas cearenses barbaramente espancados.

Hummm! Pra que? O preclaro cientista político se insurgiu contra a proposição da Profa. Taffarel e a APUB perdeu uma grande oportunidade de mostrar aos seus críticos que não é tão inútil assim como andam dizendo por aí… Piripicado! O mundo perdido, chefia!

E parece que o maior problema é com estas seis letrinhas:
I-S-R-A-E-L

Indignado,
Saci

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Eu já havia prometido a mim mesmo que me enfurnaria no meu canto, deixando que os colegas da UFBA escolhessem o modelo de sindicato que melhor atendesse aos seus interesses; eu já havia decidido que meus dedos se voltariam apenas para os botões do controle remoto da TV; eu tomara a decisão que acabaria os meus dias debruçado na janela eletrônica, vendo um mundo muito mais clean e menos perigoso do que o real…

Mas esse Saci é uma praga!… Mais uma vez me faz quebrar minha promessa!

3 Respostas to “– Israel nega solidariedade”

  1. osaciperere Says:

    Deu na internet:
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    Professores em greve do Ceará são agredidos e presos

    CNTE divulga moção de repúdio ao governador Cid Gomes

    A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, entidade representativa de mais de 2,5 milhões de profissionais da educação básica pública no Brasil, à qual o Sindicato APEOC é afiliado, vem a público repudiar com veemência as ações truculentas praticadas pela Polícia Militar, por meio do batalhão de choque sob o comando do governador Cid Gomes, ocorridas nesta manhã, nas dependências da Assembleia Legislativa do Ceará, que causou ferimentos em alguns professores e a prisão de outros, em greve há 56 dias.

    A CNTE repudia ainda a atitude do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Roberto Cláudio, por ter permitido a ação violenta do batalhão de choque da PM, dentro da Casa, contra os educadores.

    Senhor governador, tal fato remete às práticas utilizadas pelo Regime Militar contra o movimento sindical. Hoje, ações como essa, em um Estado Democrático e de Direito, são inaceitáveis. O governo cearense deveria respeitar a população e usar o diálogo com a sociedade civil e os movimentos sociais em suas políticas públicas.

    É necessário ressaltar, senhor Cid Gomes, que a Constituição prevê o direito à liberdade de expressão, para fins pacíficos, em locais abertos ao público. Portanto, atitude do senhor, além de ignorar a legislação brasileira, ainda viola os direitos previstos nas Convenções 87 e 98 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que se referem ao direito de liberdade sindical e de livre organização.

    Prender educadores que realizam manifestação em defesa da Lei 11.738/2008 (Lei do Piso Salarial Nacional do Magistério), aprovada por unanimidade no Congresso Nacional e julgada plenamente constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e prol de uma educação pública de qualidade não é papel de governo democrático e comprometido com o bem comum da sociedade.

    A direção da CNTE vai denunciar o fato aos organismos internacionais, como a Internacional da Educação e a Organização Internacional do Trabalho – OIT e também permanecerá atenta a qualquer atitude de violência aos direitos dos educadores do Ceará.

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    Fonte:
    http://www.appsindicato.org.br/Include/Paginas/noticia.aspx?id=6355

  2. Lúcia Lobato Says:

    Vejam bem!!!!!!!! Eu não consigo entender como não há uma saída coletiva e política de professores da APUB. Eu saí porque não posso me compreender financiando tamanha barbárie. Já que não conseguimos ter uma atuação para mudar o rumo da direção política da atual APUB, pelo menos não precisamos financiar tanto reacionarismo. Se há algum receio de sair em função do Plano de Saúde, aproveito mais uma vez para alertar que não há mais esta vinculação. Basta ser professor de qualquer instituição para poder se fililar ao Plano de Saúde. Por favor pensem que estão contribuindo para que tudo isso aconteça e que, se Israel ainda tem tanto poder é porque ainda está sendo financiado. Sou por uma campanha de desfiliação coletiva. Lúcia Lobato

  3. altino bomfim Says:

    OLÁ!!
    concordo em gênero e caso com LUCIA!!
    várias vezes a decisão da DESFILIAÇÃO COLETIVA foi objeto de avaliações no APUBemMovimento e nunca que se efetivou – de fato – essa proposta.
    PROPONHO QUE NOS DESFILIEMOS COLETIVAMENTE DIA 26 DE OUTUBRO 2011.
    QUE NOS REUNAMOS ÀS 15 HS NA SEDE DA APUB E
    QUE SEJA CONVIDADA A IMPRENSA ESCRITA, TELEVISIONADA E AS RÁDIOS PARA QUE EXPLIQUEMOS NOSSA POSIÇÃO E DISTRIBUAMOS NOTA COLETIVA.
    Saudações,
    altino

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