Apoio à Chapa 2
Prezada Professora Celi,
Creio que ideologicamente estejamos alinhados, embora politicamente um abismo se coloque entre nós. Lamento que a senhora e o seu grupo tenham perdido a radicalidade – no sentido marxiano -, pois toleram a traição da cúpula do Partido do Trabalhador (melhor seria nominá-lo agora de Partido Pro-Capital!), cuja escalada teve início no longínquo período da Reforma da Previdência. De lá pra cá, a UFBA só tem se curvado diante do governo. Lamentavelmente. A vergonhosa EBSERH não me deixa mentir, e a senhora há de concordar comigo.
Quanto à Chapa 2, acredito não ter dificuldade em escolhê-la, pois nela tenho amigos que pensam como eu, sobre a mencionada radicalidade perdida… e a ser reconquistada! Espero que a Chapa 2 não mascare o que ela é, de fato, como fazem a maioria dos políticos e partidos para obterem o voto. Quando eleitos, esquecem o prometido e até riem, no íntimo, da boa-fé do eleitor. O Manifesto Comunista, creio, é um bom exemplo de como se assume o que é de fato, sem a costumeira hipocrisia eleitoral, pois ganhar da forma insincera como se ganha hoje, não deve se constituir como paradigma da decência humana. Tenho certeza que a senhora concordará comigo, não é mesmo?
Partindo da suposição de que a Chapa 1 é apoiada pela diretoria deposta em Assembleia, e que misteriosamente ainda dá as cartas – contando com a nossa leniência! -, e de total inclinação governista, para ser coerente com o que penso e escrevo, certamente não poderei votar nela. Assim, entre anular o voto e votar na Chapa 1, prefiro acreditar na possibilidade de contar com o denodo e determinação de colegas que compõem a Chapa 2 para o convencimento dos mais “conciliadores”, caso nela exista algum ou alguns deles. Sabe, professora Celi, aqui pra nós, depois de Lula ter “conciliado” o interesse dos trabalhadores com os interesses do capital, passei a ter verdadeiro horror ao termo “conciliação”. Claro que sei de sobra que a polissemia da nossa língua pode muito bem recuperar essa palavrinha que se tornou ambígua demais para meu gosto…
Desta forma, prezada professora, se achar que a inclusão de meu nome pode contribuir, ainda que minimamente, para derrotar a chapa situacionista, vá em frente. Fazendo a ressalva que jamais concordarei que sindicato deva ser correia de transmissão de partido político. Qualquer que seja. Até dos mais radicais que ainda aprecio. Sindicato, assim como Universidade, tem que ter autonomia.
Atenciosamente,
Menandro Ramos
FACED/UFBA
OBS.: Vou postar no Blog do Saci-Pererê a minha adesão à Chapa 2, para que seja registrada também a ressalva que fiz.
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