418 – UFBA revive a Aliança para o Progresso
Só bem mais tarde, após ler os jornais locais, a ficha tilintou na minha cansada cachola. Com destaque lá estava a notícia do Correio da Bahia:
Correio e Ufba se unem em projeto de parceria de futuro
As instituições vão desenvolver juntas o Programa Jornalismo de Futuro
O CORREIO, líder de mercado, uniu-se à Universidade Federal da Bahia (Ufba), líder no ensino superior e na pesquisa acadêmica. As instituições vão desenvolver juntas o Programa Jornalismo de Futuro, que visa fortalecer a formação dos profissionais graduados pela Faculdade de Comunicação (Facom), com apoio da Odebrecht.
Ao terminar a minha leitura, não tive como não lembrar do falecido ex-senador ACM. Se estivesse vendo os progressos do grupo empresarial de sua família, ele – por certo -, ficaria muito contente!…
Ficou muito claro quando o pilantrinha de gorro vermelho e pito disse que a UFBA revivia a “Aliança para o Progresso”. Agora, os giros das bolotas oculares do Saci, no seu simbolismos, ficaram evidentes para mim. Saltavam aos olhos. Silenciosamente, queriam dizer que o mundo mercantilizado dá muitas voltas, mas pára sempre no mesmo lugar…
Veja a foto da assinatura do contrato. Clique AQUI.
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Leia também o texto “Universidade Violada”
e veja fotos do “16 de Maio”
outubro 13, 2011 às 5:26 am |
Velha ideia novos tempos
Composição: Anderson Kreutz
outubro 13, 2011 às 6:40 am |
Velhas ideias, Mary, para uma universidade que se traveste de nova e que vai se aproximando, cada vez mais, do mercado e dos seus reais beneficiários. Alguém me disse que isso já estava escrito (maktub!), como outras rotas trilhadas aparentemente espontâneas. Aos poucos, as grandes construtoras e impérios de Comunicação vão fagocitando a seiva do que resta da res Pública. Nenhuma contraposição, nem a mais singela grita. A velha esquerda anda meio sumida… E quando aparece é só para aplaudir.
Não faz muito tempo que os tidos como “mais conservadores” se uniram aos ditos “de esquerda” para protestar contra os ataques a bomba de gás lacrimogêneo sofridos por unidades da UFBA, convenientemente silenciados por grupos empresariais locais de Comunicação… Por onde andam os que tentaram, através de uma lavagem simbólica, com detergente e vassoura, protestar contra a violação do painel eletrônico do Senado Federal brasileiro? Por onde andam os que propuseram exibições clandestinas do filme “Muito Além do Cidadão Kane”, que lotavam os espaços acadêmicos audiovisuais improvisados? O que sobrou da teoria dos frankifurtianos, avidamente devorada pelas Faculdades de Comunicação? Triunfou a Indústria Cultural?
O Saci até me sugeriu, inspirado no velho Arapiraca, que escreveu sobre o acordo MEC/USAID, conjuminar algo sobre o assunto.
Só que, dessa vez, seria sobre a referida parceria do post acima, mas agora tendo como título o que ele chamou de “O acordo UFBA/ABUSAID”.
Até pensei, Mary, que seria uma ideia interessante. Mas logo recuei, pois considerei que a minha pregação no deserto dos campi da UFBA seria, por certo, muito mais temerosa do que a de João Batista, segundo os livros cristãos. Se ele por tão pouco perdeu a cabeça, o que eu haveria de perder?
Pensei com meu teclado: me incluam fora disso!
outubro 13, 2011 às 8:55 pm |
Identifiquei alguns políticos: Waldir Pires, Zezéu, Pelegrino, Alice Portugal.
Cadê eles que não protestam mais? Mudaram de Lado?
outubro 14, 2011 às 12:38 am |
Há também Javier Alfaia, falando no telefone…