155 – Petardo atinge Serra

 

Para o Saci, é difícil imaginar o que os dois candidatos são capazes de fazer para não perder a "boquinha" do Palácio do Planalto... (Clique na arte para ampliá-la).

 

Menandro Ramos
Prof. da FACED/UFBA

Depois que a mídia divulgou sobre o “petardo” que teria atingido a calva ilustre e lustrosa do candidato José Serra, começaram a chover versões de cada lado. Para os tucanos, aquilo fora um ato terrorista perpetrado por militantes do PT, sob orientação do chefões do partido do presidente Lula e dos coligados; já para os petitas, não houve nada do que a TV mostrou, pois foi apenas uma simples bolinha  – ou, no máximo, uma fita crepe -, que a Rede Globo  transformou em um meteorito…

Já dei boas risadas com o esforço vão de partidários de cada lado querendo negar o óbvio: que bateu o desespero dos apoiadores de cada candidato, diante da possibilidade de o seu escolhido não envergar a faixa presidencial…

– Vire essa boca pra lá! – dirão apavorados.

Não creio que acandidata Dilma aprovaria o imprudente gesto de lançar algo, por menor que fosse, no candidato adversário, pois ela sabe muito bem da repercussão que algo assim pode ter. Rigorosamente, nem uma rosa poderia ser lançada no candidato, já que os inimigos não mandam flores… Isso só reflete a imaturidade de certos militantes fanáticos e a astúcia dos marqueteiros capazes de transformar um cópo d’água num tsunami. O incidente mostra também o quanto são capazes, os gananciosos pelo poder, de criar factoides.

E foi assim que, quando fui indagado pelo meu amido de gorro vermelho e pito se aquilo era terrorismo tucano ou petista, nem pensei para responder. Fui logo exclamando:

– Dos dois!

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Mais um motivo para que se vote nulo!

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