642 – Panteão baiano

Para o Saci, Anísio indagou, refletiu; Marighella uniu o pensamento à ação, na práxis revolucionária; enquanto alguns docentes, que usaram o rótulo de “esquerda”, nutriram permanentemente o desejo de usar a foice – vil, portanto! -, para cortar o salário dos grevistas e encerrar o movimento paredista. Esses docentes podem ser comparados aos militares históricos que, em Canudos, massacraram trabalhadores indefesos que lutavam por uma vida melhor e digna… (clique na arte para melhor visualizá-la).

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om mais algumas informações acerca do ilustre currículo do  colendo missivista, vou solicitar à Arquidiocese de Salvador, mui piedosamente, que  inicie um processo de beatificação de mais candidato baiano, além da  irmã Dulce… “Beato João Augusto-Ex da APUB”.

Talvez essa seja a melhor parte do longevo (ou eterno) diretor que  teve um fim tão melancólico decretado pela Assembleia, na data de  15/08/2012, dia da Boa Morte:

[…] “depois de ter denunciado publicamente o aasassinato de Anísio  Teixeira, na UnB, ter colocado um retrato de Carlos Marighella na  sede a APUB e ter participado de uma Convenção Nacioanl contra o  Boicote Americano a Cuba, aqui na Bahia, represntando a nossa  entidade, a APUB, enquanto seu diretor acadêmico, nesta gestão”.

Quem sabe tais fatos não o redimam do terrível “pecado” de ter  virado as costas à base docente e de envolver-se como porta-voz do  governo/Proifes?

Ainda ontem, conversando com uma pessoa que o conheceu em ações mais  nobres, manifestou-se asssim:

Mas o João Augusto, hem? Quem diria!…

Para o meu amigo de gorro vermelho e pito “Erosão é fogo! Talvez, os  ventos neoliberais tenham exercido uma ação maligna na superfícei da  Rocha outrora Augusta…”

E a Vaca Tatá completa: “Talvez já esteja na hora de o ilustre  descançar um pouco de tanta labuta…”.

Saudações,

Menandro Ramos
FACED/UFBA

Caro colega Zamparoni e demais colegas

Sou ex-presidente da APUB (1983-85), participei de 6 diretorias e de muitas greves, nos meus 35 anos de atividade universitária, em que sempre estive nas lutas encaminhadas através de nossa entidade. Sou membro dom PCdoB, fundador da Andes e do Proifes,  fui pro reitor de graduação, chefe de departamento, por diversas vezes e reprensentante dos docents no CONSUNI, além de candidato derrotado a Reitor. Portanto, não tenho tchurma, como alguns querem, tenho sim uma Universidade à qual muito me dedico. Refuto, pois, com veemência,  a linguagem chula que alguns parecem estar acostumados ausar, que buscam me caracterizar, desse modo com Zamparoni o fez, como sectário, supostamente acostumado a mancomunações pequenas e estreitas.

Estou terminando a jornada, e não tenho inimigos. Talves tenhg duros adversários, principalmenre agora, depois de ter denunciado publicamente o aasassinato de Anísio Teixeira, na UnB, ter colocado um retrato de Carlos Marighella na sede a APUB e ter participado de uma Convenção Nacioanl contra o Boicote Americano a Cuba, aqui na Bahia, represntando a nossa entidade, a APUB, enquanto seu diretor acadêmico, nesta gestão.

Fomos vítimas agora, nesta greve,  de uma tentativa de golpe na APUB, coisa que não nos atingira nem no temopo do regime militar. Interpretaçoes pessoais à parte, nem por isso  nos dobramos aos áulicos  da Andes, que se aproveitando de nosso espírito democrático, nada novo, mas característico da vida de 44 anos de nossa APUB, abrimos a sede da entidade para que lá se reunissem, e tramassem contra nós. Tantos foram os abusos, tanto foi o desrespeito, que chegaram a tentar censurar e até impedir o nosso livre contato com a imprensa, em nome dos associados, como muitos de  vocês, que nos elegeram para  dirigir a entidade.

A partir de certo momento, não poderíamos orientar mais os nossos associados a ir para assembleias absolutamente controladas, com vaias e assédio moral aos que discordavam da ordem unida do tal comando, na verdade um falso comando, já que imutável e com represntação, ilegítima, por sinal,  de omente 11 das 32 unidades da UFBA. Esse falso e eterno comando era tão intransigente e arbitrario que não permitia sequer o direito do PROIFES, entidade à qual somos filiados, e que, de fato,  conquistou parte de nossas reivindicações, de dar informes em suas reuniões e nas assembleias. A Andes, por sua vez, qua eo comando tentou entronizar, am a despeito do tamnaho,  nada conseguiu, nesta greve! Isso é fato, que até eu mesmo lamneto: Nenhuma das 71 reivindicações da ANDES foi conquistada, nessa greve! Aliás, nenhuma delas foi sequer negociada! Talvez isso explique um pouco, porque a Diretoria da APUB agiu, ao apoiar o PROIFES e, no sentido de aferir a opinião dos associados, realizar  um plebiscito eletrônico, como instrumewnto de democracia direta, tão válido quanto qualquer outro, e que teve a expressiva  participação de 510 colegas, para 54 h de realização.

A greve acabou, Viva a greve, enquanto instrumento de luta, não objeto de veneração.

Abraços

João Augusto

10 Respostas to “642 – Panteão baiano”

  1. osaciperere Says:

    Circulou nas “debates-l”:
    ———————————

    Essa eu aprendi no Ginásio de Araci: 1968.

    Pirro: Mais uma vitória dessa do PROIFES e estarei DERROTADO!

    A expressão “vitória de Pirro”, é uma metáfora para descrever uma vitória, que de tão sacrificada, de tão desgastada, de tão violentamente conquistada, praticamente não valeu a pena alcançar.

    Embora não haja uma definição de dicionário para a expressão, na verdade, “vitória de Pirro” tem sido mais usada no sentido de “vitória inútil” e não tanto como “vitória difícil” (o que acontece em quase todas as vitórias).

    Diz a história:

    Rei do Epiro, primo de Alexandre, lendariamente famoso pela frase pronunciada cunhada de vitória de Pirro, após a vitória sobre os romanos, na batalha de Asculum:

    Mais uma vitória como esta e estarei perdido!, ao felicitar seus generais depois de verificar as enormes baixas em seu exército.

    Órfão de rei-pai aos dois anos de idade, aos 12 aliou-se a Demétrio, filho de Antígono I da Macedônia, e subiu ao trono, no qual se manteve por cinco anos. Depois, no Egito, serviu ao rei Ptolomeu I, que o ajudou a organizar um exército e voltar para conquistar a Macedônia.

    Atingiu seu objetivo (287 a. C.) recuperando o trono, mas perdeu-o no ano seguinte.

    Foi chamado a auxiliar uma colônia grega do sul da Itália, Tarento, contra os romanos (281 a. C.) e derrotou-os na batalha de Heracléia e em Ásculo, a custo de tantas as baixas nas tropas que, ao ser felicitado, ironizou e originou a expressão vitória de Pirro.

    Após duas derrotas em Benevento (275 a. C.), convencido da impossibilidade de vencer os romanos, retornou à Grécia onde terminou de escrever suas memórias de guerra. Seus livros sobre a arte da guerra, foram citadas e elogiados por autores antigos, entre os quais Cícero. Morreu em combate, quando tentava tomar Argos.

    JOROMOTA

  2. osaciperere Says:

    Circulou nas “debates-l”:

    —————————-

    Parabens pelo seu fantastico curriculo de corajosa militancia e trajetoria academica!! Admiro-o por isso! Parabéns! Seu passado, entretanto, nao me impede de manifestar meu repúdio a condutas politicas às quais o senhor se alinhou e defende. NAO usei e NAO uso linguagem chula. Dura talvez, face às repetidas agressoes à inteligencia e à ética.

    NAO vou aqui entrar na armadilha de ficar defendendo a ANDES pois nao tenho o menor interesse nisso, como faz o senhor em relacao ao Proifes. Consulta eletronica NAO tem a mesma legitimidade que uma Assembleia pois da forma como voces as tem conduzido sao a porta aberta para a fraude, deslegitimando-as. tenho dito isso desde o comeco desse movimento. Ate agora ninguem nessa lista me provou o contrario. O que me interessa é obter respostas para as perguntas que alinhei em minha mensagem anterior e que nem o SENHOR nem outros de seus colegas respondem. LEIA o que eu escrevei e responda se puder.

    Alias ha uma outra: o que fez a a diretoria da APUB quando a adminsitracao anterior impos as 12hs como jornada minima na UFBA?

    Voces mobilizaram a categoria para saber o pensavam os docentes? Muitos de vossos apoiantes denunciam essa mudanca, eu tambem, mas e a diretoria da APUB, o que fez?

    Nao fique fazendo apologias do proifes que isso já parece sectarismo religioso. Nao coloco fotos de santos ou de militantes em minha parede, mas pelo andar do andor, daqui uns dias teremos fotos do GIL nas paredes da APUB.

    abcs cordiais,

    Zamparoni

  3. osaciperere Says:

    Circulou nas “debates-l”:

    ————————————

    Parabéns Menandro! eu vou ao ritual de beatificação (ou seria de bestificação?)

    Jorge Eurico
    DEA-EscolaPolitecnica

  4. Menandro Ramos Says:

    Uma nota de um ex-dirigente da APUB suscitou algumas manifestações de docentes da UFBA.

    Para o Saci, o título de “Herói” nunca deve ser autoproclamado, mas vem sempre ‘a posteriori’ e externo de quem praticou a ação heroica.

    – Por exemplo – diz ele – se o frentista mineiro tivesse esperado a Rede Globo chegar, durante a tempestade caída em Belo Horizonte, para lançar-se nas águas turbulentas antes de salvar aquela senhora aflita, o cara não seria um herói, mas um marqueteiro de si próprio. A nomeação de “herói” que recebeu, foi o reconhecimentos de outros indivíduos de face humana, ao avaliar o risco que o frentista correu para salvar a vida de uma estranha anônima. Ali, o cérebro humano agiu por solidariedade à espécie, a um ser vivo que precisava, urgentemente, de ajuda. Fosse uma desconhecida, fosse a midiática Xuxa, ou Fátima Bernardes, ou Edivaldo Franco, ou Zé Dirceu, ou a turma do “Mensalão”, ou mesmo o senador ACM, se vivo fosse. A solidariedade não pode pedir RG ou cartão de crétido para ser praticada. E é por isso mesmo que ela é comovente e bela!

    Não quero aqui, em hipótese alguma, desconhecer os possíveis méritos que podem, tranquilamente, ser creditados ao ilustre ex-dirigente da APUB de nome tão augusto, mas apenas fazê-lo refletir sobre a sua imagem que ele próprio vem des-cons-tru-in-do!

  5. osaciperere Says:

    Circulou na “debates-l”:

    ——————————

    Professor João Augusto,

    como também recebi o email abaixo, peço licença para expressar-lhe meu entendimento.

    O colega parece não suportar que os mais velhos passem e, subitamente, aflorem novas lideranças quase sempre melhores que nós. Em outras épocas, concordarias comigo acerca da normalidade de tal fato! Hoje não; de uns tempos para cá o colega perdeu tal virtude a
    ponto de só se expressar com queixa, mágoa e até cólera contra essas novas e lúcidas lideranças que vêm surgindo no movimento docente e, seguramente, VÃO FAZER A LUTA FUTURA EM PROL DA CATEGORIA – imagino que nós dois já não estejamos na UFBA para acompanhá-los.
    As queixas e mágoas parecem fixação, idéia fixa, o que não é nem nunca foi sinal de saúde.

    Tenho convivido com esses colegas e lhe asseguro que são iguais a todos nós. São todos professores, alguns poucos com seus vínculos político-partidário tal como o senhor sempre teve durante toda a sua vida na escola. Não tenho e nunca tive vínculo pólitico com
    qualquer partido, mas respeito e exigo de quem quer que seja o respeito às opções pessoais deles e do senhor. Os poucos professores do CLG que têm vínculo partidário não são piores ou melhores que o senhor ou os “sem vínculo”.

    Confesso-lhe que reservo à eles e ao senhor uma sincera admiração! Mas há uma diferença crucial entre a política deles e a da diretoria deposta da APUB: independente de suas opções pessoais, todos os colegas que lideram essa greve ESTÃO COMPROMETIDOS EM RESPEITAR A VONTADE EMANADA DAS ASSEMBLEIA GERAIS. Esse é o grande equívoco político do senhor e da diretoria destituida: ousaram desrespeitar a vontade das AGs de modo repetido e afrontoso, para continuar ecoando os interesse do governo contrários aos da categoria sem perceber que a mesma estava acordando dos dardos de letargia seguidamente disparados. Não percebiam que não é possivel manipular professores por muito tempo, pois em algum momento eles percebem e cobram à altura.

    Os colegas do comando local de greve foram escolhidos na nossa primeira assembléia geral pelos demais colegas professores presentes. O senhor, a senhora presidente da APUB e os seus poucos apoiadores estavam nessa AG e podiam se colocar! Não, preferiram destilar
    idéias estranhas ao interesse da categoria, esquecendo-se que a mesma já começava a perceber e a repelir as práticas da diretoria deposta da qual os senhores (as) fazem parte.

    Já na primeira AG, a categoria entrou em greve com a senhora presidente da diretoria deposta manisfestando um esquisito “seja feito o que Deus quiser”! Muitos viram o que se seguiu da parte da EX ….

    Eu lhes imginava mais sensíveis! Podem até ser, mas no momento são incapazes de perceberem a mudança dos ventos!

    Ao senhor, desejo que um dia conheças melhor as novas lideranças que com tanta cólera agora atacas,

    Cumprimentos,

    Luiz Anibal – DCTM / EP – UFBA.

    • osaciperere Says:

      Caros e Caras

      Presto aqui a mais profunda concordância com as palavras do professor Luiz Aníbal.

      Dirijo-me também ao professor João Augusto para dizer que suas ultimas postagens foram muito infelizes. O conjunto de equívocos e maldizeres propalados sobre a CPT, o CLG e outras avaliações equivocadas mostram a base dos seus princípios.

      É bem verdade que a historia da APUB é gloriosa e democrática no enfrentamento das políticas destrutivas que pairavam e pairam sobre a universidade e seus docentes. Esta historia adormecida se reescreveu e seus autores formaram um coro jamais visto antes, a CATEGORIA dos docentes da UFBA rebelou-se frente as imposições e transgressões de uma direção arredia aos desejos de sua categoria.

      As mensagens do prof. Aníbal e de outros corajosos colegas mostram a verdadeira face dos democratas de plebiscito. Caros, o único lugar de decisão de CATEGORIA docente é a Assembléia Geral.

      De resto sobram as lamurias que parecem tratar os docentes da UFBA como se fossem um bando de acéfalos.

      Parabéns a CPT e ao Comando Local de Greve e vamos as próximas eleições.

      Marco A. Tomasoni (IGEO-UFBA)

    • osaciperere Says:

      Prezado Prof. Luis Anibal,

      Venho parabenizá-lo por tão lúcido texto. É, no meu entender, de professores como o sr. que precisamos na UFBA e no Movimento docente.

      Felizmente não são poucos, hoje, os que se coadunam com suas ideias, daí o ressurgimento do MD no magistério público superior do país.

      Abçs,
      Betty [Malin]

  6. Francisco Santana Says:

    Réu confesso. Traiu seu próprio passado.

    Não há como explicar que alguém que exibe um currículo tão de esquerda tenha apoiado o envio da polícia federal para reprimir estudantesw na reitoria. Nem tenha contratado seguranças secretaqmente para infiltrar em recente assembléia de greve.

  7. osaciperere Says:

    Circulou na “debates-l”:

    ————————

    NOTA DE ESCLARECIMENTO A DIRETORIA DA APUB NÃO FOI DESTITUÍDA A TENTATIVA DE GOLPE DO COMANDO DE GREVE ENCONTRA-SE SUB JUDICE

    A Bahia conhece a história democrática da APUB, entidade criada há 44 anos que sempre primou pelo respeito e defesa dos interesses do conjunto da categoria docente e da universidade pública. Nas muitas lutas que desenvolveu, mesmo em meio a divergências, sempre foi praticado o princípio de que são as eleições que definem a sucessão na entidade.

    Para intentar um golpe contra a democracia sindical, no entanto, a oposição aproveitou-se da permissividade de um artigo do Estatuto que torna possível a destituição da Diretoria da APUB, por maioria simples, numa assembléia com apenas 5% dos associados, desde que a convocação obedeça a certos critérios. Isso significa que, com o voto de apenas 80 associados, de um total de quase 2800, a Diretoria pode ser destituída!

    Para levar à frente tal propósito, a oposição, usando de oportunismo, buscou a convocação de uma Assembleia Geral, que foi marcada para ter início às 14:30h do dia 15/8/12.

    Naturalmente, não caberia à Diretoria, em qualquer hipótese, convocar uma Assembleia Geral para apreciar a sua própria destituição. Por esse motivo, ela não o fez. A outra hipótese de convocação seria através da iniciativa de 10% dos filiados em dia com suas obrigações sociais. Essa opção não foi utilizada pelos golpistas, vez que não conseguiram cumprir a exigência formal, o que se depreende do fato de não terem apresentado à Secretaria da APUB, para conferência, a lista dos filiados responsáveis pela convocação da assembleia, até 48 horas antes da realização, tal como exige o Estatuto.

    Em razão de não ter sido utilizada qualquer das duas hipóteses previstas no Estatuto, para a correta convocação da Assembleia Geral, a Diretoria da APUB acionou a Justiça do Trabalho, no sentido de impedir que o assunto da destituição fosse tratado na reunião convocada para as 14h30min do dia 15/8/2012, no Auditório da Faculdade de Arquitetura da UFBA.

    Utilizando-se do recurso de uma Ação Cautelar Inominada, a Juíza da 28ª Vara do Trabalho determinou a proibição da apreciação do item destituição da Diretoria, na reunião do dia 15/8/2012, tendo um Oficial de Justiça se dirigido ao local e notificado os responsáveis, in loco, da decisão da Juíza.

    Uma ata notarial, providenciada pela Diretoria, bem assim a filmagem completa da reunião do dia 15/8, documentaram detalhadamente os fatos e os horários, mediante instrumento com fé pública, no Auditório da Faculdade de Arquitetura da UFBA, durante o tempo completo de ocorrência da reunião. As informações que se seguem estão baseadas nessa documentação oficial, anexada ao processo promovido pela APUB através da 28ª Vara do Trabalho.

    Constatou a tabeliã, presente à reunião, que A DECISÃO JUDICIAL NÃO FOI ACATADA. O evento continuou a acontecer, com a presença de filiados e não filiados da APUB, tendo sido decidida, indevidamente, a destituição da Diretoria. Além disso, os dirigentes da Mesa chegaram ao desplante de solicitar, na sequência, que sete pesoas, dentre os presentes, se volutariassem para compor uma comissão a ser constituída para passar a dirigir a APUB! Ao invés de sete, somente se voluntariam cinco dos presentes, sendo dois deles não filiados à APUB, A essa comissão ilegal atribuíram a sigla CPT. A reunião, de filiados e não filiados, pelo que acima se constata, não só aprovou a comissão ilegal, como também lhe deu posse!

    Assessorados por advogados presentes à reunião de 15/8/2012, que os apoiaram, na temerária decisão de desobediência a uma ordem judicial, os membros do ?comando de greve?, citados na referida Ação Cautelar Inominada, entraram com um pedido de mandado de segurança no Tribunal Regional do Trabalho. Foi-lhes concedido o mandado, em caráter liminar, pelo Gabinete
    da Desembargadora do Trabalho Lea Nunes, no dia 17/8/2012, no sentido de que fosse convalidada a reunião, marcada para 14h30min, mas só iniciada em torno das 17h00min do dia 15/8/12, responsável pela tentativa de golpe.

    Convém lembrar que outra exigência do Estatuto da APUB é que a assembléia, no caso, deveria se iniciar, no máximo, meia hora depois do horário incial previsto no instrumento de convocação, um edital sob responsabilidade do ?comando de greve?. O quórum deveria ser aferido meia hora depois do horário previsto para o início, isto significa que, se às 15h00min, 5% dos filiados não tivessem assinado a lista de presença, estaria descaracterizada a convocação da assembleia para a finalidade de destituição da Diretoria. E se tudo estivesse nos conformes, teria de ser uma assembleia com participação somente de filiados da APUB, o que está longe de ter sido o caso.

    A liminar do mandado de segurança, pelo visto, foi concedida com base num equívoco evidente, frente ao que determina o Estatuto da entidade.

    Data venia, a interpretação do Gabinete da Desembargadora, segundo o qual a Presidente da APUB já teria convocado a assembleia do dia 15/8, na assembleia do dia 07/8/12, é onde se evidencia esse equívoco que, segundo espera esta Diretoria eleita, precisa ser urgentemente reparado. Ora, a assembleia do dia 07/8, uma assembléia de base, não de associados puramente, havia sido convocada somente com um ponto de pauta, o ?Encerramento da Greve?, nada tendo a ver com o tema da destituição de Diretoria, No entanto, a asssembleia terminou por desviar-se de sua finalidade original e aprovar a realização de uma assembleia posterior, para o dia 15/8/2012, em que a destituição da Diretoria deveria ser apreciada. A rigor, não foi formado um processo, e muito menos assegurado o direito de defesa da Diretoria. Tudo decorreu de mera divergência entre filiados, a respeito da condução de uma greve da categoria!

    Durante a votação sobre se tal assembleia deveria ser convocada, na Assembleia de 07/8/2012, a Presidente da APUB, na direção dos trabalhos, simplesmente registrou o resultado da votação favorável à convocação de uma asssembleia para o dia 15/8/2012. Porém, dado que a Assembleia de greve, de 07/8/2012 não tinha caráter permanente, essa atitude da Presidente nunca poderia ser caracterizada como se implicasse a convocação automática da próxima assembleia, que deveria ser uma assembleia de natureza diferente, isto é, composta somente de associados, para decidir pela destituição da Diretoria. O Estatuto não prevê que a Presidente faça convocação de assembleia, mas sim a Diretoria que, a rigor, poderia até não estar em concordância com a Presidente!

    Além do mais, a publicação obrigatória em um jornal de grande circulação na Capital, 48 horas antes da assembleia, também precisaria ser feita, a cargo da Diretoria, mas ela nem a fez nem a autorizou, convocando formalmenrte uma assembleia.

    Para finalizar, convém verificar, cuidadosamente, no despacho em que é concedida a liminar do mandado de segurança, da responsabilidade do Gabinete da Desembargadora Lea Nunes, o seguinte parágrafo: ?Pelos motivos analisados, entendo que é LEGÍTIMA A CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLEIA do dia 15/08/2012. Contudo, destaco que a decisão que ali foi tomada não é objeto deste writ.? Ou seja, não existe qualquer decisão judicial convalidando a decisão de destituição da Diretoria.

    Conclui-se, pois, que a liminar do Gabinete da Desembargadora Lea Nunes, ao excluir de sua alçada a decisão tomada na suposta assembleia do dia 15/8/2012, não respalda qualquer entendimento de que a Diretoria tenha sido destituída. Afirmar tal interpretação é um erro motivado exclusivamente pelo desejo dos interessados. Aliás, se verdade fosse que a destituição estivesse decidida judicialmente, a Diretoria eleita já teria recebido uma ordem judicial para entregar a APUB, o que, de fato, não ocorreu. Provado que não é VERDADE que a Diretoria da APUB esteja destituída, isto significa que a tentativa de golpe do ?comando de greve? não prosperou.

    Estamos mantendo fechada a sede da entidade por prudência e recomendação jurídica, para evitar danos ao patrimônio e transtornos aos funcionários, na esperança de que a situação fique rapidamente definida, mediante garantias explícitas da Justiça do Trabalho, cujas determinações acataremos, de bom grad, após esgotados os recursos cabíveis ao caso.

    Quanto a tal da CPT, obviamente não a reconhecemos, e nem de longe temos a intenção de entregar-lhe a direção da APUB, já que não passa de figura de retórica típica de golpistas. O nosso compromiso é de entregar à APUB à próxima Diertoria eleita, dentro de três meses, da mesma forma como a recebemos, em dezembro de 2010. Aliás, a sigla CPT, para nós, continua a ser mesmo é a da respeitável Comissão Pastoral da Terra, que tanto tem feito pelos direitos do povo deste país.

    ABAIXO O GOLPE!
    VIVA A APUB LIVRE E DEMOCRÁTICA!
    QUEM QUISER DIRIGIR A APUB TEM DE PASSAR PELAS ELEIÇÕES!

    Salvador, 05 de setembro de 2012
    Diretoria (eleita) da APUB Sindicato, vinculada ao PROIFES Federação

    • osaciperere Says:

      Meu caro Joao, deixe os casuismos para o embate no judiciário, e admita que em termos políticos a diretoria da APUB derrapou ao NAO respeitar as decisoes das Assembleias quando optou por representar o Proifes e nao a sua base. Assim, paulatinamente, foi sendo ultrapassada pelo movimento docente mobilizado a ponto de ser destituida por esse.

      Agora restam os estertores e a agonia do arrependimento diante da morte causada pelo suicidio: voces passaram a corda no proprio pescoço, subiram no armario e saltaram para o vazio. É verdade que tais instrumentos foram fornecidos pelo movimento docente… mas voces sao os unicos responsáveis pelo seu uso.

      abracos cordiais,
      Zamparoni

      PS: continuo aguardando os esclarecimentos para as questões que coloquei nas ultimas mensagens. Seja generoso e me tire da ignorância.

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