793 – Os mísseis do Nobel da Paz

Para o Saci, os dedos do nobel da paz estão coçando...

Para o Saci, os dedos do Nobel da Paz estão coçando…

Libera-Congresso

Parece que a ONU o abandonou. Mas – deve perguntar ele -, quem precisa de ponderações humanitárias diante do horrendo e tenebroso gás usado pelo terrível e sanguinário inimigo?

Menandro Ramos
Prof. da FACED/UFBA

o.

gás sarin, composto químico que ataca o sistema nervoso, foi classificado pela ONU como arma de destruição de massa na Resolução 687, das Nações Unidas. Seu uso está radicalmente proibido nas regras das guerras atuais.

O presidente estadunidense Barack Obama, ganhador do prêmio Nobel da Paz, indignado pelo suposto uso do referido gás pelo governo do presidente sírio Bashar al-Assad, quer revanche. E ele não vê a hora de fazê-la, através de certeiros mísseis, permitidos nas convecções construídas pelos   senhores das armas e das guerras. Para um extraterrestre ou para um criança ainda não contaminada pelas ideias dos adultos equivocados, é difícil compreender essa lógica: gás sarin, não; mísseis mortais precisos, sim!

“Sangue (ou honra) se paga com sangue”, argumentam alguns. Assim também pensavam o “capo”, o “don” e o “consegliori” da máfia italiana, com ramificação pela América do Norte, notadamente na Chicago de Al Capone. Parece que a Casa Branca adota essa máxima, quando quer mobilizar seus exércitos. Entre outros eventos ou “racionalizações”  similares, foi assim também após os ataques das “Torres Gêmeas” de Nova York, na mal contada caçada a Osama bim Laden…

A descoberta de esquemas para bisbilhotar a intimidade da presidente Dilma Rousseff, entretanto, levanta suspeita sobre o zelo do governo americano em preservar os valores humanitários e democráticos, além da segurança dos norte-americanos. Se ele bisbilhota até a vida dos parceiros sintonizados com o “capitalismo ocidental”, imagine os desafetos de outras bandas. Se fosse em outra época, que de fato a executiva federal se envolvera com armas e movimento de esquerda, ele teria até a desculpas para enquadrá-la como “terrorista”. Agora, certamente, não. Dessa forma, a ”arapongagem” recém descoberta deixa claro que os interesses comerciais do país de Tio San estão acima do bem e do mal. E são considerados inimigos os que ousam enfrentá-los e lutar por justiça.

Por essas e outras, o meu amigo de gorro vermelho e pito não titubeia em denominar de “moral de jegue” – expressão muito usada pelos meus conterrâneos sertanejos -, o farisaísmo praticado pelos governos estadunidenses. Injusta, claro, com os asnos, tão explorados e maltratados, coitadinhos!…

Uma resposta to “793 – Os mísseis do Nobel da Paz”

  1. A. C. Dias Flores Says:

    Adoro o humor inteligente e engajado do saci! Parabéns ao seu autor, ou melhor, ao seu amigo constantemente provocado pelo “pestinha”.

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