APUB: a assembleia do golpe

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APUB ASSEMBLEIA 2016.jpg.

Francisco Santana
Prof. Aposentado da UFBA

 capitular e77.

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stive na assembleia da APUB abaixo mencionada e me retirei em sinal de protesto e portanto não sou signatário de suas resoluções. O meu protesto se prende a vários pontos, mas me prenderei no momento a um pois sei que poucos gostam de ler.

Primeiro – O caráter golpista do rito da assembleia – Não há diferença do rito seguido pela mesa diretora da assembleia do dia 23 do rito seguido por Cunha ou pela comissão do impeachment instalada por ele. Ambas se baseiam no mesmo princípio: Se eu tenho a maioria imporei a minha verdade; não vou correr risco aprofundando discussões que podem abalar a minha verdade. Apenas terei o cuidado de seguir certas normas regimentais para legitimar o rito.

E nesse aspecto, o de Cunha é mais democrático que o da APUB, pois está legitimado pelo STF. Enquanto o da APUB está legitimado por ela mesma ou pela assembleia.

Uma assembleia sobre tão importante assunto não podia ter tetos convenientemente limitados, para impor a verdade do grupo. Mesmo que essa “verdade” esteja próxima de uma verdade, como poderá uma assembleia golpista de 30 pessoas convencer uma comunidade de milhares de pessoas a irem para as ruas para a defenderem.

Portanto quando eu pedi para que houvesse nova rodada de inscrição pois um assunto daquela magnitude tinha que ser discutido até a sua exaustão e clarificação, o que obviamente estava longe de acontecer e a mesa em frações de segundo cortou minhas esperanças com a CUNHA golpista do assembleismo, eu protestei e me retirei da assembleia.

Não seria um signatário de um ridículo golpismo que quer enfrentar um golpe patrocinado pela GLOBO. Se depender dessa assembleia, o impeachment já foi dado. Rezemos para que o STF não se acovarde.

Já estão no anedotário político assembleias desse tipo. A câmara de vereadores de Vitória de Santo Antão, em priscas eras, tinha 5 vereadores, 3 do governo e 2 da oposição. O líder do governo começo seu discurso dizendo: É obívio que…. Imediatamente a oposição o aparteou: Não é obívio, é óbvio. Aí gerou-se o debate, é obívio,…não é obívio, …. Aí, o presidente da mesa imediatamente, para não prosperar a discussão (exatamente como o Prof. Claudio fez em 23/3), colocou em votação.

Como era de se esperar, obívio ganhou por 3 a 2.

Felizmente, nem Caldas Aulete, nem qualquer gramático, tomaram conhecimento da gloriosa decisão da Câmara de Vitória do Santo Antão.

Assim também a gloriosa decisão da assembleia da APUB de 23/3, não influenciará em nada o cenário nacional. A sorte de Dilma continuará nas mãos do STF, Renan Calheiros ou de alguma pressão internacional, pois até a heroica manifestação de 18/3, a própria Dilma está se encarregando de desmobilizar com seus pacotes perversos contra o povo.

Pacote 2016

A carruagem do Plano Real 2016

 

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