VII – ENELUD – FACED/UFBA
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Ciberferramentas brincantes: bússolas ou grilhões?
Menandro Ramos
Prof. da FACED/UFBA
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os dias 28/02, 01 e 02/03/2013, na Faculdade de Educação/UFBA, aconteceu o VII Encontro de Educação e Ludicidade (ENELUD). Fui convidado pela Profa. Cristina d’Ávila para coordenar a mesa-redonda intitulada “Cultura Lúdica e Cultura Digital – Mediações Possíveis”, composta pelos professores Edivaldo Couto (UFBA), Edméa Santos (UERJ) e Linn Alves (UNEB). Por felicidade, registrei a rica fala dos palestrantes, que será, certamente, uma valiosa referência para discussões futuras. Creio que é assim que caminha a Educação.
Ao redigir esta pequena apresentação, parece-me inevitável fazer dialogar “Ludicidade” e “Cultura Digital”. Isso ficou muito claro a partir das falas dos expositores do VII Enelud. Os vídeos abaixo confirmam essa necessidade.
Questões sobre a competição desenfreada, a dispersão dos conteúdos escolares e a violência dos games – inclusive em rede – são pratos cheios para os ciberpesquisadores. O que significam os jogos contemporâneos para o espaço pedagógico formal? E os hardwares de quinta ou de sexta geração, serão estorvos ou parceiros para a escola do futuro? Como a Neurociência vê isso tudo?
Muitos bites e bytes, quem sabe, ainda rolarão por essa ponte… É fato que a tecnologia digital continua se expandindo. Novos jogos e dispositivos digitais continuam a escalada da sedução, do consumo, mas também do envolvimento prazeroso. Prevalecerá, como argumento teleológico, o hedonismo desenfreado?
Apocalípticos, seguindo os ecos umbertianos expressivos, enxergam nos novos aparatos a edição contemporânea de algo já visto, atualizado agora em um cenário neotecnicista – para alguns, uma espécie de reloaded sofisticado de práticas behavioristas iniciadas no século passado, e, hoje, admiralvelmente revigoradas. Integrados comemoram as novas versões de games hiperturbinados de muita emoção e gozo estético. Dialéticos, arrisco eu, aventam a possibilidade de apropriação dos widgets de ponta com o propósito de assegurar um equilibrado enfrentamento aos múltiplos disfarces da mais-valia empurrada para debaixo do tapete da pós-modernidade…
Admiráveis e polêmicas ferramentas novas! Bússolas ou grilhões? Tudo indica que o Prof. Edivaldo Couto cantou muito bem a pedra: só a investigação dirá!…
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Profa. Linn Alves (UNEB)
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Profa. Edméa Santos (UERJ)
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Prof. Edivaldo Couto (UFBA)
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O Auditório pergunta (1 de 4)
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O Auditório pergunta (2 de 4)
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O Auditório pergunta (3 de 4)
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O Auditório pergunta (4 de 4)
março 12, 2013 às 4:33 am |
Registrei, em vídeo, durante O VII ENELUD, ocorrido na FACED/UFBA, no dia 28/02/2013, mais de duas horas de falas sobre Educação, ludicidade e cibercultura. A edição é bem simplezinha. Foi só para remover o excesso de ruído do ambiente em que a mesa-redonda aconteceu. Os palestrantes foram o professores Edivaldo Couto(UFBA), Edméa Santos(UERJ) e Linn Alves (UNEB).
Depois de tudo que ouvi, foi inevitável indagar:
– Ciberferramentas brincantes: bússolas ou grilhões?
Você, por acaso, já fez também esse questionamento?
Por falta de um repositório institucional menos burocrático, vou depositando esse material no Blog do meu amigo Saci-Pererê. Enquanto
isso, vou me livrando da má pecha de produtivista…
Por falar no Saci, o pilantra debochado me veio com essa, depois de todo o meu esforço para enfrentar a carroça da Infovia-BR:
– Chefia, você não acha que a indústria pedagógica exagera demais as virtudes da Informática na Educação? Albert Einstein não teve nenhum desses widgets (uidijetis) e, ainda assim, foi capaz de conceber a Teoria da Relatividade…
março 17, 2013 às 12:15 pm |
Olá Menandro!!!
Saudades das suas autorias criativas! Adorei participar da mesa mediada por você. Sou sua fã!!! Professor-artista-ativista que faz diferença em suas aulas!
Obrigada pelo registro desse tão importante evento. Aprendi muito no Enelud 2013.
Obrigada Cristina, Lynn e Edvaldo!
Agora estes link virarão objetos de aprendizagem das nossas aulas
Bjs
Méa
março 18, 2013 às 6:32 pm |
Muito significativa a observação do saci, parabéns Menandro!